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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mano Lima - Arrotando Grama Boiadeira

Arrotando Grama Boiadeira

"Me criei a campo fora saltando de madrugada,
Comengo mogango com leite e a carne gorda mal assada,
E abrindo meu peito forte nos dia de gineteada."

Fui parido numa mangueira de pura pedra e assentada
Minha mãe quando me teve ficou inté assustada
Não sabia se era gente ou cuiudo pra manada
José Rotilho Lima se chamava meu avô
Ele dizia este meu neto é quem vai doma essas éguas
É indiáto novo e disposto e pra loco não falta nada
E é pegado no lombilho, só apeia pra tomar água
Quando era rapazote a recém soltando os curnio
Meu pai me disse meu filho abandona um pouco o lombilho
Já falei com a professora pra ela te redemoniá
Nem que seja assinar o nome bem bom tu não vai ficar

No outro dia bem cedo, as quatro da madrugada
O fiambre já estava pronto, uma cabeça de ovelha assada
E eu larguei frouxo nas aula no meio da gurizada
Dona Iza professora que me ensinou o abecê
Quando foi dali um ano pra meu pai eu fui dizer
Na aula eu não vou mais volto pra estância domar
Porque as letras eu já aprendi só me falta acuierá

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