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sábado, 15 de agosto de 2009

Gildo de Freitas - Filho Abandonado

Compositor: Gildo de Freitas:
Álbum: O Trovador dos Pampas -Vida de Camponês
Ano:1965

Filho Abandonado

Vou contar meu nascimento por mais tristonho que seja
Toda as mãe que tem um filho fica alegre, abraça e beija
E a minha me deu a luz e me largou numa igreja
E os padres me agarraram naquele rancho divino
E foram me alimentando pra depois dar-me ensino.

Quando eu tinha oito anos eu notava a criançada
Passeando pelas ruas com suas mães de mãos dadas
Eu via mamãe dos outros e a minha não tinha visto
Pensando eu disse baixinho meu Deus do céu santo Cristo
Cada um tem sua mãe como é que eu não tenho isto.

Fui ficando impressionado e naquela mesma hora
Me benzi, entrei na igreja rezei pra nossa senhora
Pareceu ela me dizer tu vais pelo mundo a fora
Vai procurar tua mãe que hás de achar onde ela mora.

Ai, eu fugi dos padres, porem de boa intenção,
Para descobrir mamãe eu tive essa ocasião
Por que arranjei um emprego nessa humilde pensão
Aonde as mulheres bebiam e dançavam num salão
E o quartinho que eu dormia era ligado ao salão
Eu ouvia voz de mulher fazendo esta exclamação.

Falado:
“Vou morrer neste ambiente curtindo a cruel paixão
Avistando na cerveja
O portal daquela igreja aonde fiz a ingratidão
Deixar um filho meu
Não sei se é vivo ou morreu, nunca tive informação.”

Cantado:
E ouvindo essa clamor o meu coração bateu
Vim correndo e disse a ela o teu filho não morreu
Que sina é a nossa, vivo e salvo aqui estou eu
Pra minha conformação, preciso os carinhos teus;
Pra sossego de nós dois também te darei os meus
Hoje eu tenho a minha mãe, sou feliz graças a Deus.

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