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sábado, 29 de agosto de 2009

Teixeirinha - Briga de Amor

Compositor: Teixeirinha
Album:10 Desafios Inéditos- Teixeirinha e Mary Terezinha
Ano:1982

Briga de Amor

Sou a mary terezinha
Que o teixeira desafia
Ele tenta me vencer
Desde o tempo de guria
Eu sei que ele pinta a manta
Mas a mary quando canta
Dá mais força na garganta
E a platéia se arrepia

A platé ia se arrepia
Porque o teixeirinha é monarca
O povo já está sabendo
Que mary desce da barca
E eu por ser atrevido
Digo sem ser convencido
Não é o primeiro vestido
Que o teixeira bota a marca

Que o teixeirinha bota a marca
Acho que agora tu para
Malcriado e convencido
Bato o pé e tu dispara
Eu te tiro da rotina
Nem mulher e nem menina
Nem, homem da fala fina
Vai olhar prá tua cara

Vai olhar prá minha cara
Quem tem cara é meu cavalo
Eu tenho um rosto bonito
E é sorrindo que eu falo
Loira e morena bela
Mulher e moça donzela
Depois que eu converso ela
Roubo no cantar do galo

Rouba no cantar do galo
Venha da onde vier
Eu acho que isso é papo
A polícia é que te quer
Em todas delegacias
Tens processo a revelia
Com a tua fotografia
Pega o ladrão de mulher

Pega o ladrão de mulher
Isso não é bem assim
Se eu tenho roubado alguma
Ela é que pede prá mim
É claro que eu sou charmoso
Bonitão e carinhoso
Meu apelido é gostoso
Cravo branco do jardim

Cravo branco do jardim
Tem a brancura da espuma
Com esse mundo de mulher
Não sei como tu te arruma
Eu acho que está brincando
Me mentindo ou balaquiando
Não fica aí te gabando
Tu não dá conta de uma

Eu não dou conta de uma
Então jogamos uns pila
Saimos daqui agora
Para a cidade ou prá vila
Elas sentem o meu perfume
Já vem como de costume
Tu vai pedir de ciúme
Prá ser a primeira da fila

Ser a primeira da fila
Vou apostar por pirraça
Entro na fila primeiro
Sei que de mim não passa
Prá ver o que eu nunca vi
Na hora eu salto dalí
O mulheriu atrás de ti
Até tu perder a calça

Até eu perder a calça
Ainda sou muito moço
Se eu não passar de ti
Ponho uma corda no pescoço
E as mulheres falam baixo
Bota o coitado no tacho
Que é o primeiro baita macho
Que morre com chumbo grosso

Que morre com chumbo grosso
Me passa prá cá o ouro
Que mulher igual a mim
Não aguenta desaforo
Sou cantora e sanfoneira
Divirto a platéia inteira
E mostrei que o seu teixeira
Papeia e não dá no couro

Papeia e não dá no couro
Ainda não me ganhou
Recém fizemos o jogo
E o juiz não chegou
Tá brava igual uma brasa
De pena eu entrego a vasa
Mas quando eu chegar em casa
Vou te mostrar quem eu sou

Vai me mostrar quem tu és
Sabes que eu sou um perigo
Eu não reparto o amor
E agora mais braba eu digo
Que tu é bem homem eu sei
Mas o jogo eu te ganhei
E para o povo eu mostrei
Que tu só pode é comigo

Que eu só posso contigo
Pior é se eu pudesse
Eu sei que sou muito mais
Mas se eu digo ela embrabesse
Quem ama não faz combate
Já me contenta o impate
Bouquinha de chocolate
Onde os meus lábios se aquece

Bouquinha de chocolate
Onde os meus lábios se aquece
Nas horas que o dia sobe
Nas horas que a noite desce
De dia o que pode haver
De noite querem saber
É proibido dizer
O que, que nos acontece
Nosso adeus povo em geral
A vida é feita de amor
A coisa mais divinal
A nossa briga prossegue
E quando o amor persegue
Nem a policia consegue
Apartar briga de casal

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