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sábado, 15 de agosto de 2009

Gildo de Freitas - A Vida de Rogério Santana

Compositor:Gildo de Freitas
Álbum: Gildo de Freitas
Ano:1973

A Vida de Rogério Santana

Declamado:
Senhores prestem atenção nos meus tempos de guri
Eu só tinha doze anos quando a minha mãe perdi
Meu pai me deu pra um amigo, mas eu não me convenci
Tive dois anos com ele
O amigo do pai, aquele, e um certo dia saí.

Sai com calma e com paz um bom gaúcho não erra
Me despedi de Uruguaiana a minha querida terra;
Eu já tinha dois cavalos leviano pra subir serra
E para tirar uma prova
Me ajustei na Estância Nova do senhor Olimpio Guerra.

Por lá também foi dois anos cumprindo a missão sagrada
Mas sem nunca refugar rigor das lidas passadas
Enfrentando o Minuano, sol torrente e geadas
Saindo de um montando em outro
Quebrando queixo de potro nos dias de gineteada.

Fui gauderiar em outros pagos sem falha de honestidade
Assim passou mais dois anos e eu cheguei naquela idade
De ter que dar uma prova da minha brasilidade
E de acordo com a lei
Sentei praça e me fardei sempre de boa vontade.

Cantado:
Por lá estudei um pouco no bom pensar de rapaz
Até hoje me arrependo não ter estudado mais
Porem cumprir meu dever, Deus do céu sabe o que faz
Sai bem documentado
E um pouco falquejado pelos bancos colegiais.

E vim direto à estância quando sai do quartel
Como general Serafim , neste tempo Coronel
Um homem que pro Brasil foi sempre honesto e fiel
Eu dele fui empregado
E de lá sai casado, fiz um bonito papel.

Hoje vivo sorridente, vivo ao lado de Maria
Que Deus me por esposa para me dar alegria
Já não sou mais tão pobrinho, eu tenho gado de cria;
E um capricho eu reservo
O amor na china conservo sempre em minha companhia.

Assim vou adquirindo, vivendo mais satisfeito
Eu a esposa e os filhos abraçado com respeito
Sou Rogério Santana, sou sério, bato no peito
Dou prazer aos meus amigos
Por isso eu sempre digo ser pobre não é defeito.
-Vamos encerrar dom Rogério!

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