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sábado, 18 de abril de 2009

José Mendes - Cantando Minha Palmeira

Compositor: José Mendes
Álbum: Mocinho do Cinema Gaúcho
Ano: 1970

Cantando Minha Palmeira

Amigos me dão licença
Que o assunto é bem profundo
Depois de toda uma ausência
Pelas estradas do mundo
Para rever a minha querência
Venho lá de Passo Fundo
Ao chegar em trote largo
Já ouço o galo que berra
Amigo e dá um trago
Sou crioulo desta serra
Quero cantar o meu pago
Quero cantar minha terra

Na minha tabua que é vossa
Entre os sítios de Palmeira
Com os índios da palhoça
Fazem a infância faceira
Dobrei o milho na roça
Lacei o boi na mangueira
Cortei lenha de machado
Isto tudo aconteceu
Fui qüera, fui mui largado
Na vida que Deus me deu
Sou Palmeirense extraviado
Todos sabem que sou eu

Nestes versos que dirijo
Para quem vive no rincão
No trabalho denegrisso
Meu laborou foi um cão
Puxei erva para o carijo
Tomei mate no galpão
Palmeira lá nas missões
De toda a revolução
Lugar muito altaneira
Velho lendário terrão
Quem não exalta Palmeira
Não tomaste chimarrão

E o passado já vencido
Briosa tomou as tentas
Não foi toca de bandido
Como diziam as lendas
Onde vivem agradecidas
Na cidade e nas fazendas
Teve um nome sempre envolto
Nas lembranças de seus filhos
Berço de gaúcho afoito
Bem seguros nos gatilhos
Nas balas de trinta e oito
Ninguém bate seus caudilhos

Nunca dormiu na trincheira
Ao lado de suas garruchas
Eu canto em rima ligeira
Uma verdade que puxa
Recordo minha palmeira
Que foi Esparta Gaúcha
Minha gente com licença
Vai terminar está trova
Me desculpe a cadencia
E aqui eu deixo está trova
Eterno amor à querência
Que é minha Palmeira nova
Eterno amor à querência
Que é minha Palmeira nova

Um comentário:

Anônimo disse...

Um classico do cantor jose mendes, acaba de ser assassinado. Por favor retirem esta versao cheia de erros, que esta distorcendo o significado da musica.