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sexta-feira, 10 de abril de 2009

José Mendes – Gaúderio

Compositor: José Mendes
Álbum: Não Aperta Aparício
Ano: 1968

Gaúderio

O índio pra ser gaúderio tem que ter a vida aberta
No momento de perigo dá um jeitinho e não se aperta
Anda de pago em pago e não tem morada certa
O Rio Grande é sua cama e o luar tua coberta.

Sempre tem uma chinoca para lhe fazer afago
E o que não deixa levar o viver de uma índio vago
São as coisas de antanho que no pensamento trago
Canha, mulher e gaita e o encanto do meu pago.

Para afugentar a saudade a minha idéia eu destampo
E saio longe de mim, num cerro alto me acampo
Solito dentro da noite contemplando os pirilampos
Que brincam de iluminar o pano verde do campo

Sou assim como o minuano gaúderio por excelência
E na invernada dos anos vai morrendo a resistência
E na tropeada da vida não maltrato a minha consciência
Quero morrer com a honra de um gaúderio da querência.
Quero morrer com a honra de um gaúderio da querência.

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