Compositor: Lauro Rodrigues
Álbum: Mocinho do Cinema Gaúcho
Ano: 1970
Sangue Crioulo
Pelas estradas do pampa
Sou o gaúcho mais destemido
Pelo vescarcear do meu zaino
Sou de longe reconhecido
De laço e bolas nos tentos
Eu vou cruzando com liberdade
Gaudério de pouso incerto
Num campo deserto me sinto a vontade
Não creio em manhas de china
Nem rengueado de cusco, em céu de tempestade
Ai, ai, ai, ai
Estradas que não tem fim
Ai quanta china que chora
Nesta hora pensando em mim
Ai, ai, ai, ai
Quem manda me querer bem
Pois água fresca e conselhos
Não se oferece a ninguém
Sou índio bem aragano
E me sinto ufano com justo afinco
Por ver ferver o meu sangue
No velho Rio Grande de trinta e cinco
Sou quebra de nascimento
Meu pensamento não tem receio
Nunca provoco arruaça
Mas toco de graça qualquer rodeio
Pois não refugo ao perigo
Confio no amigo dos meus arreios
Ai, ai, ai, ai
Estradas que não tem fim
Ai quanta china que chora
Nesta hora pensando em mim
Ai, ai, ai, ai
Quem manda me querer bem
Pois água fresca e conselho
Não se oferece a ninguém
Pois água fresca e conselho
Não se oferece a ninguém
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